O significado dos sonhos
Desde a antiguidade o ser humano se vale de sinais, eventos e sonhos para prever o futuro, garantir a felicidade, saber do bom e do ruim, se os deuses estão contentes, se é necessário algum sacrifício, ou se é hora, se é cedo ou se é tarde.
O voo das aves, as entranhas dos animais, os sacrifícios humanos sempre serviram para abrir aos magos os mistérios do futuro, revelar a vontade dos deuses, apontar os caminhos.
Os holocaustos são parte constante da história do homem. A corça morta no lugar de Ifigênia, o Oraclo de Delfos, os rituais indígenas, os altares ao ar livre, as pirâmides maias e astecas, Stonehenge, o Partenon, o Pantheon, a Capela Sistina, a Catedral de Colônia, Alcobaça, os Moais da Ilha da Páscoa, cada um é uma forma de comunicação, de ligação entre o ser e a divindade, entre o pequeno e o infinito.
É neste universo que se colocam o significado dos sonhos, a leitura das cartas, as linhas da mão.
O que significa sonhar com isso ou com aquilo? Será que as respostas são confiáveis, que as interpretações genéricas se aplicam aos casos particulares?
Será que Calcas, ao prever o futuro na guerra de Tróia, lia as entranhas dos animais ou interpretava os sonhos na mesma língua dos pais de santo dos terreiros da Bahia?
Existem sonhos bons e sonhos ruins. O mesmo cenário pode ser um pesadelo ou uma benção. Uma cachoeira pode ser a sensação asfixiante de afogamento ou pode ser a vida correndo na água caindo e molhando os corpos, entre sombras e raios de sol furando a copa das árvores para iluminar o rio e as pessoas. O que eles significam? O sonho bom é a possibilidade da felicidade. O outro, a gente esquece. É isso que importa.