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Os ciclos da lua

Qual a noite mais bonita? Quando tem lua cheia ou quando a lua nova surge no céu, feita em cimitarra com a lâmina para cima?

E as vírgulas das luas crescente e minguante? Será que em certas noites elas não são a lua perfeita?

Cada lua é uma lua. Cada lua tem seu contexto, sua forma de brilhar, mais ou menos, tomando conta da noite.

Da mesma forma, as nuvens têm seu papel na peça. Dependendo da noite, a névoa ou a nuvem densa jogam sua partida para fazer a lua da sua noite a mais bela de todas as noites.

Cada um sabe de si. Como diz uma amiga, cada um é cada um. Você é você e gosta da sua noite pelas suas razões, ou não.

Repetindo William Scott Pitt, você para mim é problema seu. Não tenho nada com seu gosto, nem com a forma como você gosta da noite.

Do mesmo jeito, você não tem nada com minha noite. Nós só entramos na noite do outro se o outro deixar, não porque pedimos, mas porque somos convidados.

Mas a minha noite nunca é só minha. Não, cada noite tem sua história, sua razão de ser. Eu sei que você dá risada disso. Pra você a noite é a sequência do dia e ela seria como é, comigo querendo ou não.

Ontem à noite foi nossa. Dela e minha. Como foi a noite anterior e a que veio antes dela. E todas as noites, desde o big bang.

Cada noite é diferente da outra. Da mesma forma que não há duas pessoas iguais, também não há duas noites iguais.

Vale o brilho da lua, mas vale mais o brilho dos olhos da mulher amada. Vale o carinho luminoso do seu olhar completando o brilho da lua. Vale, acima de tudo, o brilho do meu imenso amor.

Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.