A peste
Desde que o mundo é mundo a peste cobra seu preço em vidas humanas. Algumas vezes a pegada é mais forte, outras mais fracas, mas sempre, desde o primeiro dia depois da expulsão do Paraíso, de uma forma ou de outra, o ser humano foi vítima de uma doença, de uma epidemia, ou de uma pandemia que chegou, viu, matou e foi embora.
Os egípcios sentiram na pele a morte dos primogênitos. Os leprosos eram separados do grupo e segregados para viverem ou morrerem como dessem conta.
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Roma foi alvo de pestes devastadoras. Constantinopla, além dos cercos, era vítima de epidemias que dizimavam a cidade. A Idade Média foi pródiga em eventos desta natureza, começando pela peste negra que dizimou boa parte da população europeia. E outras pestes, de tempos em tempos, varriam a Europa, para levarem milhares de vidas na violência de seu avanço.
Mas não é só a Europa que serviu de palco para doenças e epidemias devastadoras. A Ásia sente na pele o preço brutal das doenças que varrem a China a Índia e os demais países da região.
A África é o berço de novas doenças que se espalham rapidamente pelo resto do mundo. As Américas dão sua cota em epidemias e endemias que matam milhares de seres humanos todos os anos.
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A gripe espanhola não foi mero acaso, foi a consequência do surgimento de condições favoráveis para a propagação do vírus. E ele matou dezenas de milhões de pessoas ao redor do globo.
Agora chegou a vez de um novo coronavírus completar a obra iniciada alguns anos atrás, por um seu primo que saiu da Ásia para assombrar o mundo. A diferença é que o vírus atual é responsável pela primeira pandemia transmitida em tempo real pela internet e pelas redes socias.
Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h