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Dia 12 de outubro

Doze de outubro, antigamente, era o dia da criança e não era feriado. Depois 12 de outubro virou dia da padroeira do Brasil e em homenagem a Nossa Senhora Aparecida, foi declarado feriado nacional, com direito a semana do saco cheio em boa parte das escolas.

Eu não sei se é melhor ser o dia da criança ou o dia da padroeira do Brasil. Como tudo, acho que depende do lado em que se está.

Para os que estão atrás dos balcões das lojas, com certeza o dia da criança é mais importante, afinal, por conta dele, as vendas aumentam e com elas a qualidade de vida de quem vive de vender brinquedos.

De outro, os padres da igreja católica preferem proteger a santa. Afinal, no dia dela a basílica de Aparecida do Norte fica lotada, com milhares de devotos cumprindo suas promessas em longas romarias, até o altar da virgem, onde depositam sua fé, num gesto humano de profunda humildade e submissão.

No meio, como recheio de um sanduíche, fica a população brasileira, que acha tudo bom; as crianças porque ganham presente e é feriado; os adultos pelo dia extra de descanso; e os fiéis pela soma dos motivos anteriores com a chance de visitarem o santuário da virgem negra, padroeira do Brasil.

Mas quem acha que acabou, comete ledo engano. Nesta festa ganham de verdade os que trabalham com seguros.

Tradicionalmente o dia do securitário era 12 de outubro. Como 12 de outubro virou feriado em homenagem a Nossa Senhora Aparecida, o setor deu um jeito esperto e transferiu o feriado da categoria para a segunda segunda-feira do mês, logo depois da data nacional, com uma enorme vantagem: enquanto a maioria dos brasileiros tem um feriado em outubro, os securitários têm 2.

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Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.

Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.