O aniversário do meu pai

Dia 24 de outubro passado foi aniversário do meu querido amigo José Carlos Paes de Barros, o PB, com certeza dos homens sólidos do Brasil.

O PB, pela nossa longa amizade, que volta no tempo para a época em que eu estudava no Dante Alighieri e era amigo do seu primo Edgardo – para os de casa, Gazu – merece meus mais sinceros parabéns. Que a vida lhe corra amiga, feliz, com sorte e saúde, fartura e prosperidade.

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Mas dia 24 de outubro também é a data de aniversário de meu pai. Se Dr. Jorge estivesse vivo, estaria completando noventa e nove anos. E é isto que me dá a certeza de que não sou mais, pelo menos por fora, tão menino. Quando seu pai completa noventa e nove anos, quer dizer que você, dentro do ciclo normal da vida das gerações, já andou bastante. E, se não chegou lá, está na bica de completar a primeira metade da jornada.

Dr. Jorge morreu faz algum tempo, no dia 3 de abril de 2006. Cada vez que penso nele e na vida que teve, me convenço mais que, se alguém viveu como quis e fez o que teve vontade, foi ele.

Caçador e pescador na juventude, com o passar dos anos, Dr. Jorge escolheu a pesca e pescou com competência em água salgada e em água doce, ao longo da vida. Teve barco no Guarujá, casa em Cananeia, navegou o litoral de São Paulo e Rio de Janeiro, além de andar pelos rios paulistas, Pantanal e Amazônia com a tranquilidade de quem sabe o que faz.

Meu pai foi mais do que um pai, foi meu grande amigo. Durante todos os anos de nossa convivência, ela foi leal, próxima e quente. Conversávamos sobre tudo e não tínhamos segredos.

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Entre secos e molhados, tenho certeza que ele fez o melhor que pode sua parte nesta vida. Foi casado com minha mãe por 57 anos e minhas irmãs, Tiche e Leninha, e minhas filhas, Marina e Xica, falam dele com carinho. Papai, que a eternidade lhe seja leve e Deus, seu bom amigo.

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