A vida é a vida, o resto é enfeite
A vida não é fácil para ninguém. Se a vida fosse fácil, não seria vida, seria filme de amor com final feliz. E, mesmo estes, antes do final feliz, trazem uma série de situações dramáticas em que os namorados quase se separam, antes do grande “happy end”, com todos iluminados, olhando o pôr do sol.
Quem sabe, sabe; o resto é tolice. É chute, é bravata, como ameaçar os norte-americanos com o poderio militar nacional. É sem sentido. Para não dizer deprimentemente patético.
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Se a vida fosse fácil, o inferno estaria vazio, o planeta superpovoado e as pessoas viveriam de férias, com tudo de complicado que sete bilhões de pessoas de férias significaria para o planeta.
A vida é a vida. Ele não foi pensada para ser outra coisa. Se fosse, não seria vida e nasceríamos de outro jeito, sem gritos, sem dor e sofrimento. E não teríamos que tomar vacinas, nem o coronavírus entraria no corpo das pessoas pelo furinho no queixo.
Graças a Deus, a vida é a vida e temos vacinas e, se usarmos a máscara direito, o coronavírus não entra.
Faz parte da história de cada um vencer os desafios, superar as barreiras, ultrapassar as dificuldades e chegar lá. No alto do morro, no pódio de campeão. Porque é isso que nós somos: campeões, enfrentando e vencendo as diversas etapas ao longo da pista.
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Diz a lenda que história de gente feliz não dá romance. Faz sentido. A felicidade é discreta, não exige fogos de artifício, nem notícia no rádio. Ela apenas se espalha, feito um rio atravessando uma campina, com as águas calmas refletindo o azul do céu.
Viver é muito perigoso, viver é muito complicado. O demo está em cada rodamoinho da estrada, pronto para levar nossa alma.
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Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.