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O cavalo arreado de novo

 

Quando o Presidente da República tomou posse, eu fiquei animado, não por ele, mas pelo Ministro da Economia. Paulo Guedes tinha – e vendia bem – o discurso de modernidade que o Brasil precisava depois dos governos do PT e continua precisando, porque não aconteceu nada.

Se alguém merece estar na cadeia é um ex-Procurador Geral da República. A figura sórdida do Sr. Janot seria patética se não tivesse deliberadamente destruído a chance que o país precisava – e estava na boca de conseguir – com o Presidente Michel Temer.

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Ao armar a arapuca e da forma mais desonesta e antiética colocar o Presidente sob suspeita, o Sr. Janot frustrou a entrada do Brasil no rol das nações desenvolvidas.

Mesmo assim, a única reforma que passou no governo Bolsonaro foi concebida e montada pelo Presidente Temer. A reforma da previdência prometeu céu azul, mar sem ondas e brisa leve na nossa rota. Mas, depois dela, veio uma enorme calmaria e até agora, além de muita espuma, não aconteceu mais nada.

O Ministro Paulo Guedes não conseguiu tocar nenhum dos projetos anunciados durante a campanha e logo no início do governo.

Não cabe analisar os porquês, o fato é que está tudo como dantes no quartel de Abrantes. O Brasil de hoje está na beira do abismo. A pandemia e o loteamento do governo são ameaças dramáticas, capazes de condenar milhões de pessoas a ficarem na miséria.

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Deus não costuma colocar cavalo arreado duas vezes na nossa frente. Mas, sabe-se lá por quê, com o Ministro Paulo Guedes ele está fazendo exatamente isso.

A eleição dos novos presidentes da Câmara e do Senado dá a ele a chance de recomeçar. Vamos lá Ministro, o Brasil conta com o senhor!

 

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Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.

Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.