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A imbecibilidade é infinita

É apavorante ver o limite, ou a falta de limite, da estupidez ao redor do mundo. Isso mesmo, ao redor do mundo! O problema está longe de ser brasileiro.

Nós temos alguns exemplos impressionantes, mas não somos os únicos capazes de cometer as maiores barbaridades, apenas pela estupidez envolvida.

Aliás, “não somos os únicos” é uma afirmação que foge da verdade. O Brasil tem uma minoria de imbecis, que é capaz de fazer coisas que até Deus duvida. A maioria da população brasileira está cem por cento do outro lado e se horroriza quando vê coisas como uma estátua de Brecheret ser pichada em pleno Largo do Arouche, no centro de São Paulo, bem em frente da porta de entrada da Academia Paulista de Letras.

O que leva alguém a pichar uma obra de arte? Os terroristas que destruíram as estátuas de Buda em nome da religião pelo menos tinham a pretensa fé religiosa como argumento. Qual será o argumento de alguém que picha uma obra de arte, feita por um dos mais importantes escultores do país?

Aliás, qual a ideologia que permite alguém colocar fogo na estátua do Borba Gato, em Santo Amaro? Ou que solta as bestas que existem em alguns boçais que perseguem e agridem pessoas que não são como eles?

É completamente sem sentido. Tão sem sentido quanto os norte-americanos que disparam armas automáticas, matando dezenas de estudantes que não têm nada com eles. Tão sem sentido quanto pretender impedir que crianças sejam vacinadas contra covid19 ou indicar remédios inúteis para tratar determinadas doenças.

A boçalidade é um traço que afeta alguns humanos. E, por conta dela, eles se acham no direito de fazer qualquer estupidez, aqui ou em qualquer lugar do mundo. É igual. Graças a Deus eles são minoria!

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Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.

Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.