As praças e os jardins
São Paulo tem praças e jardins das mais diferentes formas e nos mais diferentes locais. Desde grandes praças, que são verdadeiros parques, até pequenas praças pedidas nos subúrbios mais distantes, passando por pequenos jardins que deveriam enfeitar os canteiros centrais das avenidas, a cidade tem uma infinidade de opções, abandonadas ou não, que deveriam contentar todos os gostos.
Algumas são bem tratadas, outras nem tanto e finalmente um terceiro grupo está completamente abandonado.
Não há uma regra para essa situação, ela simplesmente varia, às vezes na própria rua ou avenida, permitindo que um canteiro deslumbrante, arrumado com as flores mais belas, seja seguido por um pedaço de terra revolvida, onde deveria estar outro canteiro igual, mas que, se algum dia foi feito, já foi esquecido.
É a dura rotina da cidade grande: seus contrastes são a regra que deveria ser a exceção.
E não existe nada que possa ser feito para mudar isso.
Atualmente o parque do Ibirapuera e o jardim da luz estão, a grosso modo, bem tratados. Mas a praça Roosevelt, que sempre foi um desastre, começando pela enorme quantidade de concreto com que foi feita, continua um desastre, sem que se note qualquer tentativa para tentar melhora-la.
E uma boa parte das praças pequenas dos bairros, tirando as que tiveram a sorte de encontrar alguma empresa que as adotasse, estão entregues às moscas e ao lixo que se acumula em seus canteiros abandonados.
Quando muito, um resto de mato misturado a um resto de grama divide seu espaço com os papéis velhos, preservativos usados e o mais que se possa imaginar, jogados sem regra pelo chão sujo, manchado de lama seca.
Ah quem dera que cada empresa adotasse uma praça! A cidade teria outro cara.
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