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O começo do colégio

Em 1.549, vindos com o governador geral Tomé de Souza, os jesuítas chegam ao Brasil e instalam-se na Bahia, de onde iniciam uma obra hercúlea, com reflexos até hoje na vida brasileira.

O seu chefe é um homem extraordinário, responsável por muito de bom que aconteceu nos primeiros anos de nossa história e que teve consequências pelos séculos seguintes, marcando a nacionalidade brasileira e, criando, desde o primeiro momento, a argamassa que solidificaria o Brasil, permitindo a manutenção do território, quando séculos depois, o império espanhol explodiu, dividido em dezenas de pequenos países.

Em 1.550, Manuel da Nóbrega envia dois irmãos para São Vicente, onde fundam um colégio jesuíta. E, em 1.553, com a promoção de Santo André da Borda do Campo a vila, o próprio Nóbrega vem para a capitania, disposto a fundar um segundo colégio, nos campos de Piratininga.

Em companhia de outros padres, em 30 de agosto de 1.553, ele chega ao planalto e instala os jesuítas provisoriamente em local atualmente desconhecido e ordena o início da construção do colégio, a ser feita em local estrategicamente escolhido, pela sua posição e possibilidade de defesa.

Em 25 de janeiro de 1.554 as obras são inauguradas com missa solene, rezada pelo padre Manoel de Paiva, superior da missão e parente de João Ramalho, o grande líder leigo da região.

É praticamente impossível se enumerar os jesuítas que participaram desta primeira missa. Ao que parece, participaram dela os padres Leonardo Nunes, Vicente Rodrigues e Afonso Brás, e os irmãos de Anchieta, Gregório Serrão, Manuel de Chaves, Pedro Correia e Digo Jácome.

O colégio era de pau a pique e seu telhado de palha. E o tosco altar utilizado pelo padre Manuel de Paiva para celebrar a primeira missa ficava no acanhado alpendre onde daí para a frente passaram a se desenrolar as principais atividades da incipiente comunidade.

 

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Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.

Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.