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Insegurança geral

O que era uma possibilidade concreta se transformou numa certeza empírica e científica. Era óbvio que a pandemia, a crise e o desemprego levariam ao aumento da violência. E é isso que está acontecendo.

Quer dizer, foram duas no cravo e nenhuma na ferradura. A violência está correndo solta no aumento exponencial dos casos de roubo de celulares. Nos assaltos praticados por motoqueiros vestidos de entregadores de aplicativos. Nos assaltos aos entregadores de aplicativos. E no aumento dos roubos a residências.

A polícia diz que faz o que pode, mas o que ela faz não tem sido suficiente para aumentar a sensação de segurança da população. Pelo contrário, todos minimamente lúcidos estão cada dia com mais medo.

Além da região da avenida Paulista, os assaltos pipocam na Zona Leste, na Zona Norte, no Brooklin, no Pacaembu, nos Jardins e agora retornam com tudo a todas as áreas do Butantã.

Pode mais quem chora menos e quem chora menos são os bandidos, que estão fazendo a festa, inclusive matando cruelmente.

É assalto demais para polícia de menos. A polícia se esforça, mas não dá conta do recado. A intensificação das ações para prender os falsos motoqueiros é muito bem-vinda, mas não tem inibido os assaltos a residências, que acontecem inclusive a poucos metros de postos policiais.

A polícia paulista é competente, eficiente e tem tudo para dar conta do recado. Mas ela precisa agir de forma mais intensa, a começar pelo patrulhamento dos bairros, que acontece esporadicamente.

Parte das ruas de bairro tem segurança particular, mas ela é falha e os ladrões se aproveitam disso para fazer a festa. Associações de bairro e cidadãos precisam se unir para enfrentar o problema, mas acima de tudo é hora do Estado fazer sua parte. No social e na segurança pública.

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Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.

Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.