A revitalização do Centro Velho
[Crônica do dia 8 de fevereiro de 2007]
Faz tempo que o Centro Velho, o velho e o novo, estão na alça de mira de gente bem intencionada, interessada em resgatar duas das regiões mais ricas da cidade.
Poucas regiões dentro da metrópole possuem as condições de infraestrutura do Centro Velho. Telefone, água, luz, transporte, tudo está lá, bem feito bem instalado, com capacidade ociosa em função da mobilidade de São Paulo e da rapidez com que este fenômeno se dá.
Por outro lado, as ações de resgate e revitalização começam a dar frutos e a região central, inclusive em volta da Praça da Sé e do Pátio do Colégio, começa a se recuperar do longo abandono em que foi deixada, pelo menos nos últimos 20 anos.
Ao longo deles muita coisa mudou, endereços tradicionais deixaram de existir e os prédios ficaram abandonados, até que o governo de uma forma geral decidiu entrar com sua parte, transferindo para o Centro Velho grande parte da administração estadual e municipal.
O resultado já pode ser visto na frequência da região, não mais entregue aos trombadinhas, drogados e mendigos, mas ocupada por gente apressada, trabalhadores, correndo de um lado para o outro, como que resgatando o passado para com ele dar um futuro para o pedaço.
A região da Praça do Patriarca está mudando de cara, enquanto o Largo do Arouche, palco de uma fauna rica e variada, aparece invariavelmente limpo no dia a dia da cidade.
Aos poucos até a Cracolândia vai entrando nos eixos, reformada pelos donos de imóveis da região, interessados em agregar valor à bens completamente desvalorizados pelo uso indecente que tiveram nos últimos anos. Aos poucos, o Centro ressurge e a cidade fica mais bela.
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