Um século de rádio
Já disseram que ele iria acabar. A maior ameaça, a que destruiria o veículo, foi a televisão. A televisão veio, viu e não deu conta do recado, que, aliás, não era sua missão. O rádio segue firme e forte, cada vez mais dinâmico e robusto, com capacidades novas de entrega e utilidade.
Foi em 1922 que o rádio chegou ao Brasil. A primeira transmissão aconteceu no dia 7 de setembro e daí em diante nunca mais parou, ao contrário, cresceu e se multiplicou, seguindo o mandamento divino para perpetuar as espécies na terra.
Hoje são milhares de emissoras espalhadas pelo Brasil. Todas prestando serviços, informando, divertindo, unindo o enorme território nacional pelas ondas mágicas que levam a voz mais longe, até para fora do sistema solar.
O rádio se reinventa todos os dias. Por isso, a ameaça do seu fim é como a promessa dos políticos que não têm noção de nada, exceto seu futuro dentro do samba louco que é o exercício do poder. Não para o bem comum, não, não! A razão é outra. Passa basicamente pelo bolso e pela carteira.
E o rádio, na sua missão, na sua cruzada, denuncia. Suas vozes não se calam, ao contrário, mesmo ameaçadas, mostram os desmandos, denunciam o malfeito, a bandalheira.
Mas o rádio vai além. Mostra caminhos no trânsito congestionado. Informa o essencial no percurso para o escritório. Transmite o jogo de futebol. Dá e comenta a notícia triste de que mais uma vez o Palmeiras ficará sem seu mundial. Que o São Paulo pode ir para a segunda divisão. Que o Santos não é melhor do que eles. Nem o Corinthians.
O destino do rádio é ser parte da vida das pessoas e ele faz isso com competência. Parabéns para nós que trabalhamos no rádio!
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Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.