Moda
[Crônica do dia 19 de junho de 2008]
O mundo gira no ritmo da moda. Se é moda é moda, se não é moda, está fora da moda. Tanto faz a lógica ou outras razões sobre o assunto. É assim e acabou.
Que importa se a música é um lixo? É a música da moda, então, está na moda e é ela que é legal. Legal, nossa que termo velho, mais fora de moda. Agora é massa ou Mara. Ou qualquer outro termo criado neste momento e condenado ao desaparecimento nos próximos 5 minutos.
O que é, é. Moda é moda. Sempre foi assim, desde os tempos bíblicos. Veja o cabelo e as roupas, de acordo com os modelitos do cinema. Sansão é Sansão, com cabelos longos e cacheados. Dalila é Dalila, de vestido comprido e enormes fendas nas laterais. E qualquer gladiador usa sempre um saiote curto e generoso decote na armadura, para mostrar o peito do galã.
Calça de preguinha, hoje é out. Nada mais brega. Os modelos de calça masculinas agora são retos e lisos, como os caminhos do Senhor. Daqui alguns anos, muda tudo de novo. Voltam as pregas e as calças lisas serão o fim do mundo. Até lá, dane-se quem gosta de calça com prega e não liga pra moda. No Brasil, não tem.
E isso vale para tudo. Veja as bocas das mulheres. A quantidade de “Angelinas Joly fake” aumenta exponencialmente, com doses cavalares de botox ou sei lá o que engordando lábios originalmente mais finos que corte de navalha.
Não tem jeito e não está errado. Se não fosse assim seria tudo muito sem graça. O único problema é se posicionar dentro do show. Ter noção de ridículo para não fazer papel de bobo.
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