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Parques e praças

São Paulo tem muitos parques e praças espalhados pela sua imensa área. Espaços de todos os tamanhos, do Ibirapuera à Praça Villaboim. E com todos os tipos de manutenção, de muito boa a muito ruim.

São áreas destinadas pelo Poder Público para serem usadas pela população em suas horas de lazer ou de esfriar a cabeça, de pensar na morte da bezerra, cuidar dos filhos, brincar com o pet e deixar as coisas sérias para trás. Ou não… a praça pode ser um bom lugar para chorar, xingar, reclamar da vida, se sentir culpado e purgar os pecados do mundo – os seus e os dos outros.

Os parques e praças da cidade não seguem uma lógica muito lógica. Tem parque grande e tem parque menor do que as praças. Parece que na origem da falta de lógica está o status do parque e o status das praças. É muito mais vantajoso ser parque do que ser praça, mesmo tendo sido praça nos últimos duzentos anos.

Que o diga a Praça Buenos Aires, um dos pontos de referência do bairro de Higienópolis, que um belo dia virou Parque Buenos Aires, mesmo estando escrito “Praça” nas placas indicativas.

Coisas do Brasil. Aqui vale mais ou menos tudo, se você for “amigue” de “prefeite”. Diz o ditado que pode mais quem chora menos. Pois é, se para você tanto faz ser praça ou parque, vou sugerir a um vereador que proponha a elevação do status da Praça Villaboim para Parque.

Parque Villaboim, instalado em área de menos de 300 metros quadrados no coração de Higienópolis. O menor parque urbano nacional, mas cumpridor de seus deveres, entre eles, oferecer galhos para as aves, sombra para todos e playground para as crianças.

Mas, no fritar dos ovos, tanto faz a hierarquia – praça ou parque -, o bom é o espaço aberto à disposição da população.

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Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.

Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.