Scuola Italiana Eugenio Montale

Eu sou ex-aluno do Colégio Dante Alighieri. Estudei do pré-primário à Faculdade de Direito nas amplas instalações da Alameda Jaú, em frente ao Parque Trianon, onde certa manhã a coisa complicou porque encontraram um homem morto numa de suas alamedas e os alunos quiseram ver e, para isso, tiveram que arrumar um jeito de cabular aula.

Não posso dizer que tenha sido um aluno exemplar, desses que só tiram dez e têm um boletim impecável. Não, eu nem sempre tirava dez, fui suspenso algumas vezes, fiquei de segunda época e acabei repetindo de ano. Mas o Dante é parte da minha história e uma história gostosa e bonita, repartida com colegas que até hoje são bons amigos.

O Dante faz parte da minha vida. Tenho um amor especial pela escola e, por conta disso, fui homenageado com a “Ordem do Sino”, uma condecoração que os alunos entenderão, e fiz a palestra do centenário do Colégio, a convite do então presidente José Messina.

Mas se o Dante Alighieri é o rígido e rigoroso colégio de milhares de alunos, outro dia, a convite de minha amiga Sandra Papaiz, fui conhecer o contraponto ao Dante, a Scuola Italiana Eugenio Montale, com seus duzentos e vinte alunos e uma proposta educacional completamente diferente, mais solta, mais emocional.

O gancho para a visita foram duas alunas que ganharam um concurso patrocinado pela “Associação Itália per São Paulo”, sobre a imperatriz Tereza Cristina, mulher de D. Pedro II, e, como prêmio, vão para a Itália, ficar hospedadas na embaixada do Brasil, para apresentar seus trabalhos.

Para quem não quer uma escola do tamanho do Dante, a Eugenio Montale é feita sob medida. Pequena, individualizada, é uma escola internacional com o currículo oficial italiano. No universo de escolas de São Paulo, pode ser uma opção muito interessante.