A CET é o mesmo desastre de sempre
Não, a CET não melhorou, nem ganhou credibilidade. Se você perguntar para os motoristas que dirigem em São Paulo, a imensa maioria das respostas será de que a empresa mantém sua proverbial e antiga eficiência. É a mais incompetente das empresas públicas nacionais.
Nada de novo, aliás, nem teria razão para ter algo de novo. Na medida que as coisas só pioraram, a CET melhorar seria um milagre mais impressionante do que a santidade do Padre Kelmon, o herói sem reconhecimento que defendeu os cristãos brasileiros, contra tudo e contra todos, no debate do primeiro turno das eleições.
A tentativa do sacerdote de passeata pretender defender os cristãos brasileiros é o paralelo perfeito para entender e localizar a CET dentro do espectro público nacional.
Ela é o que é desde que foi criada. Nunca produziu nada de útil, exceto os Ricardões, que ficavam dentro de cabines colocadas ao longo das marginais para enganar os motoristas e fazê-los dirigir mais devagar, com medo do agente “encabinado”, que, de verdade, era um boneco.
Daí pra frente, o desastre é constante e crescente. O que enche de orgulho seus colaboradores, todos de peito estufado com o reconhecimento de sua incompetência pelos mais altos escalões da nação.
Com a decadência do sistema viário da cidade, não há como não imaginar a decadência da CET, decadência que veio na cola dos buracos e crateras, dos semáforos quebrados ou embandeirados, nos cones colocados nas esquinas para tentar minimizar o caos.
Como tudo, a incompetência da CET tem um lado menos ruim… dizer bom seria demais. A grande sacada que permite que a cidade não pare é o sumiço dos marronzinhos. Cada vez mais se vê menos marronzinhos ao longo das ruas. Abençoada ausência que permite que o trânsito se arraste!
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