Mais vale mil abelhas a voar do que uma a me picar

Mais vale mil abelhas a voar que uma só a me picar. Só quem já foi picado por abelhas sabe a verdade dessa frase e, mais que a verdade, a importância para o bem-estar físico da pessoa. Picadas de abelhas doem. Doem mais ou menos dependendo da abelha, da resistência à dor da vítima e da sua imunidade alérgica.

Mas abelhas não são tão comuns como os mosquitos que nos levam à loucura e que picam incansavelmente, respeitados seus limites. Por exemplo, os borrachudos não são comuns em São Paulo; em compensação, são os donos de Ilhabela, Ubatuba e de metade da Baía de Angra dos Reis.

Já os pernilongos são mais espertos. Voam em São Paulo, na capital e por todo o interior e todo o litoral, leves, livres e soltos, com seu zumbido peculiar levando à loucura os pobres mortais sujeitos à sua fúria. Interessante que quem pica não é o macho, tido como agressivo; quem faz a festa com o seu sangue são as fêmeas, que, com seu zumbido alucinante, não deixam você dormir.

Mosquito é bicho bravo, corajoso e desaforado. Se metem em todos os cantos e conseguem proezas incríveis. Já vi marmanjo chorar de noite, pedindo para os mosquitos darem uma trégua. Apesar de estar com dois jeans e casaco grosso, os mosquitos conseguiam picá-lo. Nossa sorte é que esses monstros não são daqui, são da região amazônica. Se vivessem e atacassem no sudeste, os pernilongos, borrachudos, pólvora e outros que nos sugam seriam brinquedo de criança.

Carapanã, pium e muriçoca estão em outro patamar. Sua ação é muito mais violenta e causa danos mais sérios do que os mosquitos do nosso dia a dia. Se nós quase não damos conta destes, imagine se tivéssemos que tourear os outros. Seria briga de cachorro grande e nós perderíamos.

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