O nascimento de São Paulo
[Crônica do dia 28 de janeiro de 2004]
Em 1532 João Ramalho convida Martim Afonso de Souza para conhecer o
planalto. O capitão português vem, vê e percebe o imenso potencial da região. Não querendo deixar europeus na taba de Tibiriçá, funda a vila de Piratininga, ergue o pelourinho e realiza a segunda eleição das Américas, para compor o “Concelho” da nova vila.
Depois ele parte e nunca mais pisa em sua Capitania. Enquanto isso, os brancos do planalto decidem se juntar em Santo André da Borda do Campo, e levam a Câmara de Piratininga para lá, abandonando a vila original poucos anos após a fundação.
Com a mudança Santo André da Borda do Campo é elevada a vila e João Ramalho se consolida como o chefe dos europeus que habitavam as terras de seu sogro Tibiriçá, o grande cacique dono da região.
Em 1553 João Ramalho convida Manoel da Nóbrega para conhecer seus domínios. O provincial da Companhia de Jesus sobe a serra, avalia o potencial do planalto, cortado pela misteriosa estrada que o ligava ao Paraguai, com seus rios correndo para o interior e ordena ao padre Manoel de Paiva que se instale em Santo André, com seu grupo de jesuítas.
Manoel de Paiva e seus companheiros iniciam sua obra em agosto de 1553, e no alto de uma colina próxima de Santo André constroem um novo colégio, mais amplo que é consagrado a São Paulo em 25 de janeiro de 1554.
Assim São Paulo, nascida de três raízes distintas e consecutivas ganha nome e data de aniversário.
E em 1560 é elevada a vila, quando é ordenado aos moradores de Santo André da Borda do Campo que se mudem para a colina do colégio, levando Câmara e pelourinho com eles.
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