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E vai piorar

O terremoto que atingiu a Turquia e a Síria não é um fato isolado que não vai se repetir mais porque Deus é brasileiro e o Juventus merece ser campeão do mundo. Não é por aí. O terremoto foi apenas uma mexida do planeta, como milhares de outros que aconteceram ao longo das eras, com consequências mais ou menos catastróficas. Que o digam Lisboa, São Francisco, Áquila e tantas outras cidades vítimas de grandes terremotos, como acontece no Chile e no Japão.

O terremoto que atingiu a Turquia e a Síria foi só mais um e é aí que mora o drama: outros ainda virão, com tanta ou mais intensidade. A Califórnia espera o “big one” e os portugueses, como as seguradoras, sabem que Portugal pode ser vítima de outro tremor com mais intensidade que o terremoto que arrasou Lisboa em 1755.

O nó com que nós temos que conviver é este: os terremotos são apenas mais um evento com enorme capacidade de destruição, mas não são os únicos, apesar dos grandes serem devastadores.

Quem sabe quando o Vesúvio vai entrar em erupção? Nápoles teria chance contra o despertar abrupto da montanha?

Mais ameaçadores do que os vulcões são os eventos de origem climática. Até porque eles podem se prolongar no tempo e se espalhar por enormes áreas, numa longa sequência de catástrofes como secas, enchentes, avalanches, furacões, tempestades tropicais, tornados, degelo polar, aumento do nível dos mares etc. É olhar o litoral norte de São Paulo

E pra quem acha que isso já está bom, tem mais. Quem sabe a rapidez com que seremos vítimas de uma nova pandemia e, depois dela, outra e outra, todas mais letais do que o coronavírus?

Os dinossauros que o digam. A vida na Terra nunca foi fácil, mas estamos numa quadra particularmente difícil. Que Deus nos acuda!

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Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.

Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.