Ano complicado é complicado
Não tem jeito, ano complicado é complicado. E 2023 será um ano complicado. Aliás, já começou complicado e deve seguir na toada, dia após dia, ao longo dos meses.
Não é o Brasil, é o mundo. As coisas estão feias em todas as partes e as lideranças são tão ruins ou piores do que as nossas. Não vamos ter ilusões, o atual presidente está longe de ser uma unanimidade e mais longe ainda de ser um estadista, com visão abrangente, capaz de fazer o Brasil sair da encrenca em que nos metemos.
Se ele não atrapalhar já terá feito muito. Em todo o caso, é bom ele dar certo até porque, se não der, a conta será nossa. Isso mesmo, torcer para dar errado ou, mais ainda, ajudar a dar errado é uma tolice. Quem vai pagar a conta de um Estado completamente distorcido e desvirtuado é a população, que já não tem onde cair mais e segue sendo sugada por uma máquina perversa e incompetente.
Já temos problemas demais aqui dentro para alguém inventar algo novo. Não precisa. As tensões existentes são dramáticas e o apoio internacional foi fundamental para não sair dos eixos e enfrentarmos uma aventura golpista, levada a cabo toda errada, por alguém sem noção e que, por isso, fugiu para os Estados Unidos.
Se a encrenca fosse só nossa já seria difícil, mas o mundo está tão mal ou pior do que o Brasil. A razão? A falta de líderes competentes, capazes de dar o rumo para o povo. A falta de líderes não é exclusividade nossa. O mundo está carente e o que tem é da pior qualidade.
O resultado é a mediocrização do planeta. Você coloca tudo no liquidificador e não tem jeito, fica ruim. Como, lamentavelmente, não tem jeito de melhorar, vamos seguir piorando, num ano complicado.
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