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Crônica 7777

Na prática, não tem diferença nenhuma. Tanto faz ser 4556, 9745, 3322, os números têm o mesmo peso, o que não quer dizer que tenham o mesmo impacto. Tem número e número. Uns são mais poderosos, saem mais nas loterias, estampam as costas dos grandes craques.

Quer homenagem maior, número mais forte, do que a camisa 10 no jogo de futebol? Sua consolidação se deu na genialidade de Pelé. Ele emprestou magia e gênio para uma camisa que define uma posição importante dentro do campo, que exige um jogador talentoso.

Mas não é só a camisa dez que faz diferença. O 29 de fevereiro tem seu peso, da mesma forma que a sexta-feira 13 de agosto tem o seu.

E não há quem não tenha seu número da sorte. Cada um escolhe o seu. De verdade, nenhum é mais ou menos, mas cada um sabe de si, então o meu número da sorte é melhor do que o seu.

Eu já escrevi as crônicas 11, 22, 44, 111, 444, 888, 1111, 2222, 4444, 5555, 6666, tanto faz, esta é a crônica 7777. Noves fora, um, número da iniciativa.

Você não acredita em numerologia? Não faz mal. A crônica não foi pensada para te mostrar o caminho da fé. Ela está sendo escrita e tem este número porque, no longo caminho de 1992 até hoje, foi agora que ela chegou.

Antes era cedo, depois seria tarde. O momento da crônica 7777 é entre a crônica 7776 e a crônica 7778 e este momento é agora. Agora é a hora da crônica 7777, que tem um desenho bonito com os quatro setes enfileirados, formando um tandem depois do outro, quem sabe uma formação de ataque usada pela força aérea para bombardear alvos enterrados no chão.

É a hora dela, como poderia ser a hora de outro texto, só que não tanto faz, cada um tem sua hora e sua vez. A crônica 7777 é a bola da vez hoje.

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Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.

Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.