Aumento dos feminicídios
O que leva um homem a matar uma mulher, normalmente indefesa ou sem condições de enfrentá-lo, seja pela força física, seja pela torpeza da ação, feita sem aviso, através de meio que impede a capacidade de defesa?
É covardia a mais abjeta. Quem pratica uma ação dessas é um covarde no mais amplo sentido da palavra. É alguém que não merece a menor consideração ou respeito. Que merece ser preso e ficar o resto da vida atrás das grades, sem direito à progressão da pena ou qualquer outra vantagem permitida pela lei brasileira.
Mas o que é muito louco é que, invariavelmente, o crime de morte não cai do céu sem aviso prévio. Ao contrário, nesses casos é comum a constatação de maus tratos, surras e torturas físicas e psicológicas por um bom período, até chegar no homicídio.
A mulher, em média, está ficando mais corajosa ou mais consciente de seus direitos e o número de ações para evitar quadros desse tipo têm aumentado significativamente, especialmente as denúncias e os pedidos de medidas protetivas para impedir o agressor de se aproximar de sua vítima.
O mais apavorante é que grande parte das agressões e, consequentemente, dos assassinatos das mulheres é cometido em nome do amor.
Não pode haver crime em nome do amor que mate a amada. Quem faz isso não ama, não sabe o que é o amor ou tem uma visão completamente distorcida do mais belo sentimento humano.
O apavorante é que o número de feminicídios tem aumentado. Apesar da maior visibilidade sobre o crime e sobre os criminosos que matam mulheres pelas razões as mais estúpidas possíveis, apesar da repulsa da sociedade, os casos de feminicídio estão em alta. E o triste é que não há indicação de que vão começar a cair.
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