O BUTATAN RESTAURADO

Desde menino, sempre gostei de ir ao Butantan. O parque do Instituto é lindo e o serpentário, ou as piscinas onde ficam as cobras, sempre me fascinou. Minha mãe me levava lá e eu ficava na beira tentando identificar as espécies, jararacas, cascavéis, urutus, a maioria eu não sabia que cobra era, mas tudo bem, as serpentes se movendo e tomando sol, algumas em cima das casinhas feitas para elas, me impressionavam.
Além das piscinas, tinha o museu com cobras vivas atrás de vidros para que o público pudesse ver os répteis de perto, inclusive uma sucuri.
Sucuri que eu não sei se era a mesma, provavelmente não, mas que estava lá, anos depois, quando eu levava minhas filhas no Butantan.
Mas eu sempre fui além das cobras e passeava pelos jardins e caminhos da grande área ocupada pelo Instituto, espalhado na antiga Fazenda do Butantan, a maior parte da qual hoje abriga a Cidade Universitária.
Mesmo assim, o espaço do Instituto é enorme. Tem até as baias para os cavalos usados para a fabricação do soro antiofídico e um pequeno hospital para atender as pessoas picadas pelas cobras.
Agora o Instituto Butantan retorna em toda sua glória, com o Prédio Central restaurado depois de três anos de trabalho meticuloso, que trouxe de volta pinturas cobertas por mãos de tinta aplicadas ao longo de mais de cem anos de grandes serviços prestados à humanidade.
O Prédio Central sempre se destacou, construído no ponto mais alto do complexo, com suas linhas antigas e sóbrias falando da importância e da seriedade do trabalho realizado.
Se valia a pena visitar o Butantan antes da reforma, agora o passeio ficou ainda melhor. São Paulo tem mais uma opção de lazer, onde se aprende que ciência, saúde, soro e vacina são coisas sérias.

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