Um dia depois do outro
Tem gente que gosta de geleia de morango. Tem quem goste de mel. Tem quem não goste de geleia de morango e tem quem não goste de mel. Cada um sabe de si, mas nada disso tem a ver ou justifica a incompetência da CET.
Da mesma forma, um antigo maitre do restaurante da sede do Guarujá, do Iate Clube de Santos não acreditava que a Apolo 11 tinha descido na lua. Mas isso também não tem nada a ver com a incompetência da CET.
A incompetência da CET é independente, autossuficiente e autoimune. Ela não precisa de nada, nem de ninguém, se alimenta de si mesma, de sua empáfia, grandeza e despensa subterrânea. Da mesma forma que os submarinos nucleares, depois que a ordem de lançamento dos mísseis balísticos é dada, se fecham para o mundo exterior, a CET levando o paradoxo ao limite, está permanentemente fechada ao exterior. Ela se basta e basta! O resto é filantropia, misericórdia, falta do que fazer ou político fora de moda, que não leva vantagem quando pode.
A incompetência da CET é sólida e longeva, atravessa as décadas com a segurança dos relógios atômicos e a precisão dos arqueiros ingleses. Ela sabe que é incompetente, se orgulha disso e aprimora suas técnicas em campos de treinamento escondidos nas grandes crateras que tomam de assalto as ruas da cidade.
A CET nasceu incompetente. Nunca funcionou, nunca melhorou o trânsito paulistano, ao contrário, desde seus primeiros dias, sempre contribuiu para as coisas ficarem constantemente piores… e com sucesso.
Ao longo de sua jornada, a experiência da CET foi sempre negativa, não para ela, mas para os que pagam sua existência, os motoristas, que agora têm certeza de que, a cada dia, menos semáforos funcionarão.
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