Será que elétrico é mais limpo?
A onda do momento é a eletrificação dos transportes. É uma revolução impressionante em relação ao motor a combustível fóssil.
A máquina é mais simples, sua instalação mais sofisticada, seu preço, no longo prazo, deve ficar mais barato e por aí vamos. Na base de tudo está a necessidade de não poluir, de estancar a sangria que envenena o ar e aquece o planeta.
A causa é a mais nobre de todas e, mais do que nobre, vital. Se não fizermos isso a chance da história acabar mal é concreta. E mais viável do que uma guerra atômica destruir a raça humana.
Tem também todo o interesse de grupos com interesse em ganhar rios de dinheiro investindo na nova tecnologia. Afinal, produzir de outro jeito gera toda uma cadeia que precisa ser preenchida e para isso são necessários investimentos milionários.
Hoje, carros híbridos e carros cem por cento elétricos têm vantagens reais sobre os carros a gasolina ou flex. Em São Paulo, por exemplo, são liberados do rodízio, o que não é pouca coisa numa cidade em que a locomoção é um nó que ainda não foi desatado.
Como sempre, ainda existem alguns problemas que dificultam a escolha e a troca, mas, com o tempo, eles devem ser equacionados. As pessoas terão reabastecimento em todo o território nacional e a autonomia dos veículos também será maior, dando independência para o motorista cruzar o Brasil de sul a norte.
Mas se aqui a matriz enérgica é quase limpa, no resto do mundo não é tão simples assim. Qual a lógica de usar um carro elétrico para poluir menos se a produção da eletricidade que ele consome é mais poluente do que a poluição da gasolina? Essa resposta ainda não foi dada. Então, tão! É esperar para ver como é que fica.
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