Bia Haddad faz história
Bia Haddad Maia fez história em Paris. Deu um show nas quadras e um show fora das quadras. Mostrou que com garra e disciplina se chega lá, bateu de frente com a número um do mundo, jogou de igual para igual e não fez feio. Ao contrário.
Ela perdeu. Deu a lógica. Entre a décima quarta e a primeira há uma avenida, ou melhor, uma autoestrada a ser percorrida. E isso leva tempo, não acontece do dia para a noite, nem cai do céu, embrulhado em papel vermelho.
Bia segue um roteiro e, dentro dele, melhora diariamente. É um jogo de paciência, de entrega, de treinamento, de aprendizagem constante. Com as vitórias, mas principalmente com as derrotas e os erros.
É assim que se aprende, que se amadurece, que se chega mais próximo da perfeição. Esse é o mantra de Bia Haddad Maia: chegar lá com esforço e dedicação, não acreditar em milagre, nem em jeitinho, dar o sangue e suar o que tiver que suar para sair da quadra com a certeza do dever cumprido.
Ela parou na número um do mundo há dois anos. Ninguém chega a primeiro do mundo – e fica lá por dois anos – por obra do acaso. Ela perdeu para a melhor. E ela sabe que a outra, neste momento, é a melhor. Mas ela entrou na quadra para ganhar e poderia ganhar, como a partida mostrou.
Não ganhou, está certo, é assim que o mundo gira. Ela mostrou que tem muito para dar e que está disposta a dar. Então, Bia, bola pra frente! As quadras são suas para mostrar que jogar tênis bem, como tudo na vida, é esforço, treino e dedicação.
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