O mundo tá muito louco
O mundo nunca foi um lugar são, normal, com alta psiquiátrica dada por Freud e Lacan. Ao contrário, se fosse, os dois grandes estudiosos não teriam espaço, nem a psicanálise teria se consolidado entre as profissões mais bem pagas nos Estados Unidos.
Já tivemos de tudo, nas mais variadas épocas, desde arrancar o coração das vítimas sacrificiais até jogar criancinhas em fornalhas incandescentes pela boca dos deuses.
Já degolamos, esquartejamos, crucificamos, fuzilamos, garroteamos, guilhotinamos, enfim, fizemos de tudo e, quando parecia que a imaginação tinha acabado, aparecia alguém com uma ideia nova para causar dor e sofrimento.
As guerras encamparam todos os temas. Porque começam é absolutamente indiferente. O sofrimento, a dor e a perda estão no fim. Quando acaba, como acaba e por que acaba. Essas as respostas que importam e elas são terríveis, estampadas nos corpos mutilados, nos filhos sem pais, nas viúvas, nos viúvos, nos corpos despedaçados, no cheiro de fumaça, excremento e podridão que se espalha pelas cidades bombardeadas.
Ao longo da história, vimos a fome, a miséria e o abandono cobrarem seu preço na morte de milhões de vítimas inocentes. Vimos a força bruta e a tortura serem usadas como armas do poder.
Agora não é diferente, não tem nada de novo debaixo do sol, ou dentro da fumaça. Ao contrário, os mesmos motivos de sempre, as mesmas armas de sempre, o terror deliberadamente solto entre o povo cobra sua fatura e garante mais algumas décadas de ódio para impedir o sonho de paz de milhões de pessoas afetadas pela loucura que impede que o bom senso prevaleça. A verdade é que o ser humano não tem bom senso.
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