O centenário na véspera

[Crônica de 26 de novembro de 2009]

A Academia Paulista de Letras foi fundada no dia 27 de novembro de 1909. Por conta disso, hoje no final da tarde acontece uma sessão solene no espaço sociocultural do CIEE, em homenagem ao seu centenário.

Organizada pelo CIEE e pelas principais academias de letras e cultura brasileiras, com apoio do governo do estado, cujo governador é estatutariamente o presidente de honra da APL, e da prefeitura do município, a homenagem é o reconhecimento de cem anos dedicados a cultura paulista, tanto pela Academia como um todo, como por seus integrantes individualmente.

Ao longo de sua existência, a Academia Paulista de Letras recebeu entre seus acadêmicos nomes de escol da cena paulista e brasileira.

Marcada pelo traço cosmopolita do estado, desde sua fundação teve entre seus membros gente de outros estados, a começar pelo principal incentivador de sua criação, o médico carioca JJ de Carvalho.

Mas ela foi além, e entre seus fundadores, como Luiz Pereira Barreto, Brasílio Machado, Reynaldo Porchat, Cônego Manfredo Leite e outros, destaca-se o nome de Presciliana de Almeida, primeira mulher a integrar os quadros de uma Academia de Letras brasileira.

Ao longo deste século foram acadêmicos Mario de Andrade, Cassiano Ricardo, Menotti Del Picchia, Paulo Setúbal, Guilherme de Almeida, Renne Thiollier, Julio de Mesquita Filho, Marcos Rey, Ives Gandra, Lygia Fagundes Telles, Hernani Donatto, Ana Maria Martins e tantos outros que se sobressaem no nosso universo cultural.

É assim que na noite de hoje, ao final da homenagem singela, respondendo pela Academia Paulista de Letras, falará o poeta Paulo Bomfim, um de seus grandes nomes e com certeza seu maior poeta vivo.
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