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Um dado preocupante

As mudanças climáticas estão aí e, mesmo se parássemos imediatamente com as práticas que jogam CO2 na atmosfera, seriam necessários mais de 30 anos para reverter o estrago que já está feito.

Como, até agora, no mundo inteiro, se falou muito mais do que se fez, não há nada que indique uma suspenção imediata ou mesmo próxima da emissão dos gases do efeito estufa. Ao contrário, as nações mais desenvolvidas e mais ricas estão revendo os prazos para a entrada dos carros elétricos e até mesmo permitindo o uso de usinas a carvão.

O que o clima é capaz de fazer, não como vingança, mas como um movimento natural, faz tempo que está na nossa porta, aumentado ano depois de ano, até chegar no que estamos vivendo em 2023 e que é apenas mais um degrau numa escada que está longe de acabar.

Os próximos meses serão complicados. Não tem como ser diferente, até porque ninguém fez nada realmente consistente para mudar o quadro. O exemplo está nas tempestades que estão chegando com mais frequência e mais intensidade e ainda nem é verão.

Entre os dados ruins consequentes das mudanças climáticas tem um que pode mudar as estatísticas sobre longevidade. De acordo com números confiáveis, da década de 1990 para cá, houve um aumento de 85% no número de mortes de idosos por causa do calor.

Como o quadro climático está se agravando rapidamente, este número tende a subir e o total de pessoas mais velhas que necessitarão de ajuda em todos os campos, mas principalmente na saúde, também deve aumentar.

É só mais um custo para ser somado às centenas de bilhões de dólares que já estão na conta das mudanças climáticas, mas é muito mais. Estamos falando da morte de seres humanos e isso não tem preço.

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Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.

Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.