O caminho se chama metrô
São Paulo não anda mais. Faz muito tempo que vem piorando, mas agora chegamos quase que na perfeição, no ponto sem retorno que a CET incansavelmente buscou ao longo dos últimos anos.
Diz o velho ditado “nunca queira demais uma coisa, um dia você consegue”. Pois é, a alta cúpula da CET desejou intensamente, ao longo de diferentes administrações, conseguir parar São Paulo. Tanto fez que finalmente conseguiu. Ainda falta um pouco, mas o que são alguns poucos quilômetros onde o trânsito flui, diante dos milhares de quilômetros diariamente parados?
O bom é que pode ter solução. Não é uma verdade ampla, geral e irrestrita, mas, dependendo do lugar onde você está e para onde você vai, há uma esperança, que já foi mais confortável, mas ainda te leva lá, em poucos minutos, sem trânsito e, se você tiver sorte, sem muita “apertação”.
O Metrô de São Paulo, que já foi o mais limpo do mundo, cumpre sua função, mesmo não sendo mais tão limpo.
Muito disso é consequência da horda de milhões de pessoas que diariamente usa suas composições para ir e vir, ao longo da cidade. Tem linhas melhores, linhas boas e linhas não tão boas. Se você tiver sorte, usa a linha 4 e aí é uma festa. A linha privatizada destoa das outras. Seria o Cadillac ao lado do fusquinha. O luxo e o conforto na forma de trem, correndo pelos trilhos subterrâneos que atravessam São Paulo, da Vila Sonia até a Estação da Luz.
A linha 4 é o sonho de mobilidade levado a enésima potência. Em São Paulo não tem nada comparável. É ela que eu uso para ir para a cidade, seja a Academia Paulista de Letras, o Fórum ou outro endereço no Centro Velho. Pela linha 4 se vai rapidamente, invariavelmente sentado e com ar-condicionado funcionando. Bendito sejam os que usam a linha 4!
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