Chope é chope
Janeiro vale um chope gelado no fim da tarde. Um papo com os amigos, enquanto enganamos o calor com a bebida bem gelada e sem muito colarinho descendo mansa pela garganta.
Todos nós merecemos, independentemente de qualquer ressalva ou contestação. O chope gelado é democrático, republicano e monarquista, tanto faz o lado que se olhe e as crenças de cada um.
Chope é chope e, digam o que quiserem, é uma das invenções mais maravilhosas do mundo. Chope bom é chope bom, tanto faz a procedência, o país de origem ou a cor do barril.
Em Itu tem uma serpentina de mais de trinta metros, que tira um chope especial, mas isso não quer dizer que só o chope que sai dela é bom. Tem muito chope bom espalhado pelo Brasil. É só beber o famoso chope de Ribeirão Preto, que atrai gente de todas as partes para o centro da cidade.
São Paulo não fica devendo nada para ninguém. Temos chopes da melhor qualidade espalhados pela cidade inteira. E, para acompanhar, vai de bolinho de bacalhau a batata frita, passando por toda a sorte de tira-gostos que você possa imaginar.
Diz a lenda que, se não fosse o chope, nós não teríamos a Garota de Ipanema. Isso promove o Rio de Janeiro a um lugar de honra no panteão do chope bem tirado e bem bebido.
Chope é chope aqui e no estrangeiro. Na República Tcheca tem uma cerveja de barril, que é como chamam o chope na Europa, que serve de modelo a todas as pilsens. E na Alemanha são mais de mil cervejarias oferecendo as mais variadas especialidades. A Bélgica entra em cena com seus conventos centenários e cada país tem sua marca do coração. Tanto faz! O importante é ser chope e ser uma tarde quente de verão. O resto a gente tira de letra e o papo rola até depois da noite chegar.
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