Angelita Gama na Academia

No dia 21 de março, a professora Angelita Gama tomou posse na Academia Paulista de Letras. Ela substituiu o grande líder dos direitos Humanos, José Gregori. Com uma votação expressiva, sua eleição manteve o padrão da cadeira 15. Substituir José Gregori exigia do novo acadêmico predicados especiais, os quais a professora Angelita Gama tem. Professora da Faculdade de Medicina da USP, sua carreira é uma história de dedicação, sucesso e certeza de ter feito certo.

Estudante de medicina numa época em que mulheres não cursavam medicina, depois residente, numa época em que mulheres não faziam residência médica, e finalmente cirurgiã, numa época em que não havia nenhuma cirurgiã na Faculdade de Medicina da USP, Angelita Gama quebrou barreiras e paradigmas para se tornar uma das maiores cirurgiãs em sua área de especialização, não apenas no Brasil, mas no mundo.

Reconhecida internacionalmente, a médica excepcional, nascida na Ilha do Marajó, tem uma história de vida rica e motivadora, que começa ainda no Pará, quando ia para a escola de barco.

Menina, veio para São Paulo com sua família, que se mudou para cá. Aqui fez sua vida, estudou, se formou, se tornou cirurgiã e se casou com o Dr. Joaquim Gama, médico com currículo tão rico quanto o dela.

Sua posse na Academia Paulista de Letras foi emocionante. Recebida por grande número de acadêmicos e com o teatro da Academia cheio, ela foi saudada pelo Secretário Geral, José Renato Nalini, que fez um discurso singelo e inspirado, dando forma a um bonito retrato da vida e da obra da nova acadêmica.

Em seu discurso de posse, a professora Angelita Gama não se ateve ao texto escrito. Falou de improviso, emocionando e divertindo a plateia. Bem-vinda, professora Angelita, a casa é sua!

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