Golpes e mais golpes

Os bandidos estão ficando cada vez mais ousados e mais competentes. Com auxílio da inteligência artificial, conseguem aprimorar golpes em que usam filmes com pessoas caras a você para sacar dinheiro em nome de alguma dificuldade da pessoa do filme. 

Mas essa é só uma modalidade de golpe. Existem dezenas de outras, entre elas, as que pedem que você confirme ou negue determinada operação. Ao clicar no botão, seus dados são todos transferidos para eles que, em seguida, entram em contato com o banco como se fosse você e fazem empréstimos e transferências através da sua conta. 

A criatividade é impressionante. Por exemplo, eles entram em contato em nome do banco, informando que uma transação está sendo feita e se você confirma. Claro que você não está fazendo transação nenhuma, então você nega e, ao negar, eles fazem a festa e entram em contato com o banco para fazer exatamente a operação que você negou, usando a sua senha.

Conversando com uma pessoa altamente ranqueada num grande banco, ela me disse que o banco recebe mais de cem mil avisos de fraudes e tentativas de fraude por mês.

O duro é que um bom número de clientes acaba prejudicado porque o banco reconhece a operação como boa e faz o pagamento solicitado pelos bandidos. Até que ponto o banco pode ser responsabilizado é uma questão que precisa ser melhor entendida e definida. A fraude é a invasão de uma conta sob controle do banco. Então será que ele não é responsável?

Quantas vezes seu banco já abortou operações regularmente realizadas por você sob a alegação de que havia indícios de fraude? Ora, se ele impede transações regulares sob o argumento da possibilidade da fraude, por que ele não impede as verdadeiras fraudes? É uma pergunta pertinente, que cabe às autoridades responderem e regularem.

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