Igreja de Nossa Senhora da Assunção
[Crônica de 1 de agosto de 2001]
A alameda Lorena, esquina com a avenida 9 de julho teria tudo para não ser um local simpático, mas, no entanto, é. E é não por causa da beleza do pedaço, que até poderia ser muito bonito, mas que, infelizmente não é.
O que faz o lugar simpático é a igreja do colégio Assunção, a igreja de Nossa Senhora de Assunção. Confesso que não é das igrejas que eu mais tenha frequentado na minha vida. Em verdade, estive nela umas poucas vezes, coisa de se contar nos dedos de uma mão.
Mas, desde pequeno me lembro de passa na frente dela, naquela época, normalmente voltando de alguma aula particular, já que minhas professoras cativas de português e matemática, duas irmãs, D. Maria e D. Beatriz, moravam na alameda José Maria Lisboa e a alameda Lorena era caminho para se cruzar a 9 de julho e voltar para o lado de cá.
Mas, mesmo sem ter grande intimidade com a igreja de Nossa Senhora da Assunção, nas vezes que estive em seu interior, sempre me senti bem e em paz, como se a igreja me recebesse com carinho e calor humano, o carinho e o calor humano que fazem falta em outros templos, e que lá são como parte indissolúvel do complexo.
É gozado como algumas igrejas não nos dizem nada. E outras chegam quase a nos repelir. Com certeza a igreja do colégio Assunção não faz parte deste grupo. Muito pelo contrário, estar dentro dela, pelo menos para mim, sempre foi bom.
Ela segue mais ou menos as mesmas linhas do colégio. Não são linhas bonitas, mas são linhas típicas de um determinado estilo de construção, invariavelmente utilizado em escolas, porque parece transmitir seriedade e sabedoria. Em verdade transmite sisudez, que é completamente diferente. Mas, no caso da igreja de Nossa Senhora da Assunção, se ela não é bonita, volto a dizer, a simpatia compensa a falta de beleza e convida a entrarmos nela.
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