Internet não é para amadores

A Internet e o Brasil têm algo em comum: nenhum é para amadores. O jogo é de gente grande. Ou se ganha ou se perde e a perda pode ser signifi

cativa. Confesso que acho o Brasil mais fácil do que a Internet. Quem sabe por mexer com ele há mais tempo. Não tenho certeza da razão, mas entre os dois fico com o Brasil. A Internet tem coisas que vão além da minha compreensão. Parecem mágica feita por druida irlandês, escondido no meio das florestas que cobriam as Ilhas Britânicas.

Eu sei, mas não sei o que é um algoritmo. É alguma coisa que entende o que você faz melhor do que você e que é usado para treinar e ensinar as máquinas a fazerem o que você faz, melhor do que você. 

Inteligência artificial é conversa para loucos. Tenho amigos que estão viciados nela e não dão um passo sem a consultar, como se a IA fosse um horóscopo que não erra ou o Templo de Apolo em Delfos renascido nos tempos modernos.

Confesso que, dentro das possibilidades de uso da Internet, eu uso muito pouco. Não sou especialista no assunto, nem quero ser. Mas, de qualquer forma, viver sem e-mail, Whatsapp, Google e outros serviços que facilitam a vida é absolutamente impossível.

O que me assusta é que cada vez mais as pessoas se comunicam, interagem, demostram sentimentos através dos celulares, tablets e computadores. Não há mais olho no olho, palavras faladas baixo, arrepio no toque da pele com pele. Não, é tudo mecânico, feito entre máquinas. Tenho medo de como será o amor no futuro. Tem beijo no Whatsapp?

A inteligência artificial pode ficar mais inteligente do que nós? Pode ganhar vida própria? Pode apertar o botão da bomba? Pode amar?

Entre perguntas e falta de respostas, o mundo maravilhoso perde sua humanidade. Será que é bom?

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