É muito complicado
Se fosse fácil, a Dilma tinha dado jeito no Brasil. Como é muito complicado, até o Lula está ficando desanimado, para não falar refém do Congresso e dependente do Supremo Tribunal Federal.
Quando parece que foi, volta e quando a gente acha que voltou, foi. Não tem jeito, nós não dominamos os fatos. Se fosse diferente, as cartomantes da vida e as leitoras de tarô ganhavam toda as loterias. Como não consta que uma única tenha ganho a Mega Sena, é fácil entender que não é tão simples, nem tão claro e muito menos um passeio no parque.
Desde que o primeiro macaco desceu da árvore, arrumou um pedaço de pau e rachou a cabeça do amigo pra roubar um pedaço de carne que nós corremos de um lado para o outro, com pouco sucesso, pelo menos para fazer a vida ser fácil.
A vida não é fácil, administrar não é fácil, dar conta de um país com as complexidades do Brasil é mais difícil ainda. Nós somos 200 milhões de técnicos de futebol, todos convencidos de que o técnico do nosso time não entende nada do assunto.
Falamos, xingamos e discutimos as alternativas com a certeza dos reis no momento que tinham a cabeça cortada. Antes não deu. Por que agora daria? Não dá. O machado desce surdo, nem sempre no lugar certo, o que pode obrigar o carrasco a dar várias pancadas para a cabeça se separar do corpo.
Tem quem jure que a saúde precária e a escola deficiente são ações deliberadas para manter a sociedade brasileira dependente de milagres, ajuda dos poderosos e programas como o Bolsa Família. Como diria um senador que já morreu, mas poderia ser outro: “vamos manter a ordem vigente, para que mudar o “status quo” da nação se a nação vai mal, mas nós vamos muito bem? Em time que está ganhando não se mexe.”
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