A violência está vencendo
Não tem nada de estranho debaixo do sol. A violência está vencendo no mundo todo, não é só no Brasil que as coisas correm de mal a pior. Atentados, crimes hediondos, barbaridades sexuais, suicídios, automutilação, o cardápio é enorme e é aprimorado com ações de estado como o que acontece em Gaza, onde milhares de pessoas já perderam a vida porque um homem com medo de ser preso não deixa baixar a bola.
Aqui está mais feio do que antes. Nunca na história desse país se viu algo igual. O presidente que o diga. Mas ele não diz por que está mais perdido que cachorro em dia de mudança. Achou que ia ser uma coisa, foi outra, completamente diferente, onde sua capacidade de encantamento foi embora pelo ralo e agora quem dá as cartas não é ele, nem o partido dele, nem os amigos dele. Quem manda é o Congresso, para o bem e para o mal.
Mas pior do que a violência política é a violência física, retratada num homem morrendo asfixiado dentro de um buraco onde foi jogado desmaiado. Ou um homem que dentro de casa, num assalto, leva dois tiros a queima-roupa. Ou no ataque sem sentido da tropa de elite da polícia do Rio de Janeiro contra uma festa junina.
Para não falar na ação de juízes que insistem em desmentir o Ministro da Justiça, que disse que o judiciário solta porque a polícia prende mal. Tem absurdo para todos os gostos. De quem deveria ser o mocinho e dos bandidos que não negam o que são e nadam de braçada num cenário cada dia mais favorável.
Entre secos e molhados, seguem milhões de pessoas de bem que só querem viver suas vidas sem amolar e sem serem amolados. Mas não deixam. Caem de pau em cima deles. Se a violência não é física, nem por isso ela é menor, cada vez que o governo aumenta os impostos, sem dar nada em troca.
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