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A cidade em perigo

A cidade de São Paulo corre um grande perigo. Querem acabar com a lei da Cidade Limpa, que tirou um amontoado de anúncios de todos os jeitos e tipos das ruas. Grande legado do governo Gilberto Kassab, a lei da Cidade Limpa resgatou a cidade da poluição visual alucinada que tapava sua arquitetura, escondida atrás de cartazes de propaganda sem qualquer critério ou compromisso com a cidade.

É olhar as fotos de antes e de depois da lei para não se ter dúvidas de seus benefícios e que graças a ela surgiu uma cidade com caráter, rica em prédios de diferentes estilos e períodos, de trás das sombras dos outdoors que a escondiam e enfeiavam.

Agora a Câmara Municipal decidiu mudar tudo e sem maiores compromissos com o que a população quer, mas com olhos nos bons negócios que a mudança pode render, está votando um projeto de lei que flexibiliza a lei da Cidade Limpa, permitindo a volta da propaganda desembestada que corria solta 20 anos atrás.

O argumento de que vamos fazer de São Paulo uma Nova Iorque, replicando aqui sua Times Square é no mínimo má-fé. Cada cidade é única, não tem sentido usar um argumento dessa natureza para emporcalhar uma cidade que resgatou sua alma e adquiriu caráter depois que a propaganda foi retirada de suas ruas.

Imagine a Avenida Paulista com outdoors ou propaganda em seus prédios. Imagine a Praça da Sé, decadente, poluída com anúncios baratos escondendo as construções antigas. Imagine as marginais coalhadas de outdoors imensos ao longo de seu percurso. Não tem cabimento.

É contra essa ideia sem sentido que a população precisa fazer valer sua vontade. Não podemos deixar a poluição visual voltar. Não podemos deixar São Paulo ficar feia. A cidade tem caráter. E ela é de todos nós.

A cidade de São Paulo corre um grande perigo. Querem acabar com a lei da Cidade Limpa, que tirou um amontoado de anúncios de todos os jeitos e tipos das ruas. Grande legado do governo Gilberto Kassab, a lei da Cidade Limpa resgatou a cidade da poluição visual alucinada que tapava sua arquitetura, escondida atrás de cartazes de propaganda sem qualquer critério ou compromisso com a cidade.

É olhar as fotos de antes e de depois da lei para não se ter dúvidas de seus benefícios e que graças a ela surgiu uma cidade com caráter, rica em prédios de diferentes estilos e períodos, de trás das sombras dos outdoors que a escondiam e enfeiavam.

Agora a Câmara Municipal decidiu mudar tudo e sem maiores compromissos com o que a população quer, mas com olhos nos bons negócios que a mudança pode render, está votando um projeto de lei que flexibiliza a lei da Cidade Limpa, permitindo a volta da propaganda desembestada que corria solta 20 anos atrás.

O argumento de que vamos fazer de São Paulo uma Nova Iorque, replicando aqui sua Times Square é no mínimo má-fé. Cada cidade é única, não tem sentido usar um argumento dessa natureza para emporcalhar uma cidade que resgatou sua alma e adquiriu caráter depois que a propaganda foi retirada de suas ruas.

Imagine a Avenida Paulista com outdoors ou propaganda em seus prédios. Imagine a Praça da Sé, decadente, poluída com anúncios baratos escondendo as construções antigas. Imagine as marginais coalhadas de outdoors imensos ao longo de seu percurso. Não tem cabimento.

É contra essa ideia sem sentido que a população precisa fazer valer sua vontade. Não podemos deixar a poluição visual voltar. Não podemos deixar São Paulo ficar feia. A cidade tem caráter. E ela é de todos nós.

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Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.

Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.