Mais de 600 igrejas
Diz a lenda que São Paulo tem mais de 600 igrejas espalhadas pelo município. São templos que vão da Capela de São Miguel, do começo do século 17, a construções muito mais modernas, como a Igreja de D. Fernando Figueiredo, o Santuário da Mãe de Deus, onde o Padre Marcelo Rossi reza suas missas.
Dentro desse universo, existem igrejas bonitas, igrejas não tão bonitas e igrejas francamente feias, o que não quer dizer que Deus não seja louvado e seus santos requisitados para fazerem milagres salvadores.
As duas igrejas de São Francisco, ao lado da Faculdade de Direito, são templos coloniais paulistas, quer dizer, igrejas simples, sem chance numa comparação com as igrejas do Rio de Janeiro e do Nordeste.
Mas mais simples ainda é a igreja do Pátio do Colégio, erguida pelos jesuítas no século 16, ao redor da qual a cidade cresceu e tomou forma.
Perto dela fica a imponente Catedral da Sé, uma das poucas igrejas góticas com cúpula, como Santa Maria dei Fiori, em Florença. E para fazer contraponto a grandiosidade da catedral, vale lembrar a Capela de Santa Luzia, logo atrás do Palácio da Justiça.
No Largo do Rosário fica a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos. Nome altivo para uma igreja altiva, erguida pelos negros livres que viviam em São Paulo.
Cada igreja tem sua história, suas lendas e seus fantasmas. Todas deveriam se abrir para a população, mas curiosamente, várias delas, incluída a Igreja de Santa Terezinha, em Higienópolis, fecham suas portas algumas horas por dia.
Eu gosto de visitar estas igrejas, sentir o clima de paz de suas naves. Mas entre todas a que realmente me cativa e me chama é a capela gótica da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo.
___
Siga nosso podcast para receber minhas crônicas diariamente. Disponível nas principais plataformas: Spotify, Google Podcast e outras.
Crônicas da Cidade vai ao ar de segunda a sexta na Rádio Eldorado às 5h55, 9h30 e 20h.