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E se não fosse a mobilidade alternativa?

Como estaria o trânsito da cidade…

A cada dia, novas formas de mobilidade ganham as ruas de São Paulo. Patinetes elétricos, bicicletas também elétricas ou não, pessoas que optam por irem a pé para os seus destinos, outras que recorrem aos motoristas de aplicativos e há as que mantém o hábito do transporte público. Uma mescla de opções que se tornou uma realidade. E se não fossem elas, creio que o trânsito da cidade teria parado, ou melhor, já estaria para lá de caótico .

Você se lembra que há um bom tempo existia o horário de pico em São Paulo?. Aliás, eram dois: um de manhã e o outro à tarde, e nós sabíamos exatamente quais eram os piores momentos para sair de carro. Este tempo ficou para trás e não ouvimos mais falar dele. Dependendo de onde estamos, o trânsito é sempre complicado, não importa a hora. Mas também somos pegos de surpresa, quando nos preparamos psicologicamente para enfrentar o caos e o que encontramos é o contrário.

Mas seja como for, em uma cidade que tem cerca de 9 milhões de veículos, não poderia ser diferente. E graças às novas formas de mobilidade urbana, entre elas, centenas de patinetes e bicicletas que circulam pelas ruas da cidade, podemos dizer que isto deu um alívio ao trânsito. Claro que é preciso ainda criar regras para que os usuários destes novos meios de transporte não arrisquem suas vidas e nem a dos outros.

Precisamos evoluir urgentemente nisso, se não, ao invés de evitarmos o caos no trânsito, nós teremos caos nas calçadas e usuários despreparados que andam pela contramão ou no meio das marginais, como se não houvesse amanhã. O que, infelizmente, já está acontecendo. É preciso colocar ordem, até porque estas novas formas de mobilidade urbana estão tão presentes no nosso dia a dia que elas mudaram até o conceito dos imóveis.

Prova disso é que apenas nos últimos quatro anos, o número de lançamentos de imóveis sem garagem em São Paulo cresceu, pasme, 265%!. Um percentual altíssimo que mostra que as pessoas não estão mais dando tanto valor a ter o seu próprio carro. O que elas querem é ir e vir sem grandes complicações. Trânsito cansa, é desgastante e estressante. Mas há também aqueles que não dispensam o seu carro, o que para muitos é um conforto.

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Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.