O aeroporto na cidade
Até que ponto o barulho e a fuligem dos aviões incomodam?
Era o final da década de 1930, mais precisamente em 1936, quando o aeroporto de Congonhas foi oficialmente inaugurado. Na época, mesmo que localizado no coração de São Paulo, poucas casas haviam ao seu redor, prédios nem pensar, e ele era considerado distante, apesar de estar apenas a dez quilômetros do centro. Com o passar dos anos este cenário mudou. Hoje, aviões passam rentes aos edifícios e há muita gente morando e trabalhando em seu entorno.
Congonhas é amado por muitos e odiado por outros, construído para desafogar o Campo de Marte, hoje ele recebe anualmente cerca de 21 milhões de passageiros e 200 mil voos, pelas contas da Infraero. Quando criado, ele recebia centenas de paulistanos nos finais de semana, que iam ver os aviões aterrissarem e decolarem. Curiosamente, havia até um terraço aberto para esta finalidade, chamado de prainha, o que foi uma diversão para muitos.
Os bairros ao lado, ainda pouco habitados, foram dando lugar a famílias que ali se instalaram e aos prédios que foram construído. Hoje, Congonhas está praticamente rodeado de sobrados, no sentido bairro, e de prédios, no sentido centro, principalmente em Moema. O barulho para muitos é ensurdecedor, em muitas casas janelas antirruído foram instaladas, e também a presença de fuligem é uma constante.
Tem que não se incomode, há quem se incomode e há os que se acostumaram com a presença dos aviões. Como dizem, nos acostumamos com tudo. E em muitas cidades, assim como em São Paulo, aeroportos foram construídos em áreas remotas, aonde posteriormente bairros foram formados. Por aqui, a escolha se deu pelo local ter ventos favoráveis e ficar em uma colina alta e descampada. E já fez tempo que ela não é mais assim.
Você se incomoda com os aviões?. Compartilhe: