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O aeroporto na cidade

Até que ponto o barulho e a fuligem dos aviões incomodam?

Era o final da década de 1930, mais precisamente em 1936, quando o aeroporto de Congonhas foi oficialmente inaugurado. Na época, mesmo que localizado no coração de São Paulo, poucas casas haviam ao seu redor, prédios nem pensar, e ele era considerado distante, apesar de estar apenas a dez quilômetros do centro. Com o passar dos anos este cenário mudou. Hoje, aviões passam rentes aos edifícios e há muita gente morando e trabalhando em seu entorno.

Congonhas é amado por muitos e odiado por outros, construído para desafogar o Campo de Marte, hoje ele recebe anualmente cerca de 21 milhões de passageiros e 200 mil voos, pelas contas da Infraero. Quando criado, ele recebia centenas de paulistanos nos finais de semana, que iam ver os aviões aterrissarem e decolarem. Curiosamente, havia até um terraço aberto para esta finalidade, chamado de prainha, o que foi uma diversão para muitos.

Os bairros ao lado, ainda pouco habitados, foram dando lugar a famílias que ali se instalaram e aos prédios que foram construído. Hoje, Congonhas está praticamente rodeado de sobrados, no sentido bairro, e de prédios, no sentido centro, principalmente em Moema. O barulho para muitos é ensurdecedor, em muitas casas janelas antirruído foram instaladas, e também a presença de fuligem é uma constante.

Tem que não se incomode, há quem se incomode e há os que se acostumaram com a presença dos aviões. Como dizem, nos acostumamos com tudo. E em muitas cidades, assim como em São Paulo, aeroportos foram construídos em áreas remotas, aonde posteriormente bairros foram formados. Por aqui, a escolha se deu pelo local ter ventos favoráveis e ficar em uma colina alta e descampada. E já fez tempo que ela não é mais assim.

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Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.