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A cidade das motocicletas

São Paulo tem uma frota considerável que crescerá ainda mais com os delivery de aplicativos

Como uma forma de agilizar entregas, o serviço motorizado do office-boy surgiu no Brasil na década de 1980 e se popularizou principalmente na cidade de São Paulo. Em qualquer rua e em qualquer avenida, nós podemos ver um deles circulando, driblando os carros no meio do trânsito e não raramente disparando a buzina, o que para muitos de nós é bastante irritante. Mas também devemos considerar a questão da segurança, já que alguns motoristas distraídos trocam de faixa sem se quer acionar a seta.

E a cada dia é perceptível que o número de motoboys cresce na cidade, principalmente impulsionado pelo recente fenômeno chamado de delivery de aplicativos, que oferece os mais diversos serviços de entrega. Para se ter uma dimensão deste fenômeno, somente em 2018, este setor movimentou mais de R$ 10 bilhões em todo o país, sendo a maior parcela na cidade de São Paulo e, consequentemente, gerando mais demanda por motoboys.

Tanto que na capital paulista são mais de 200 mil que trabalham nesta profissão, sendo entre 30 mil e 40 mil com o delivery de aplicativos. E a tendência é que este número crescerá na mesma proporção em que novos serviços de delivery surgirem. Rápidos, audaciosos e muitas vezes arriscando as suas vidas, o que é comprovado pelo número de acidentes no trânsito e não raramente geram conflitos entre motoristas, motoboys e motociclistas.

Mas devemos lembrar que há espaço para todos e seja qual for o veículo que estiverem dirigindo, o fundamental é o respeito às regras de trânsito. E isto vale para todo mundo. A convivência entre motos e carros sempre haverá, até porque são mais de 1,2 milhão de motocicletas registradas somente em São Paulo. Uma frota que também é pilotada por motociclistas que optaram por este meio para driblarem o trânsito ou por preferirem a moto ao invés do carro.

Como melhorar esta convivência? Compartilhe:

Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.