A tecnologia e o porteiro
Esta profissão está em extinção?
Quem mora em prédio ou em um condomínio residencial provavelmente tem uma relação de confiança com o porteiro. Não raramente pedindo-lhe uma ajuda com as compras, para trocar uma lâmpada que queimou ou deixando as suas chaves com ele. Bom dia, boa tarde e boa noite, também fazem parte desta relação humana, e a empatia que o porteiro tem com os moradores não pode ser substituída por nenhuma tecnologia, pelo menos por enquanto. Mas será que esta profissão está fadada à extinção?
Notoriamente, muitos condomínios têm optado pela portarias virtuais, ligadas a centrais de monitoramento, ou eletrônicas, que são controladas pelos próprios moradores, em substituição aos porteiros como uma forma de redução de custos. E os números comprovam. Uma pesquisa da Abese, Associação Brasileira das Empresas de Sistemas Eletrônicos de Segurança, mostra que São Paulo é o Estado com a maior participação de portarias remotas do país, 43% do total, seguido pelo Paraná (13%) e o Rio Grande do Sul (9,2%).
Mas não são todos os condomínios e prédios que estão aptos a adotar esta tecnologia, seja pela sua própria estrutura ou pelo perfil de moradores, principalmente para os que têm uma população mais idosa. Há também uma desconfiança sobre a real eficácia do sistema no quesito segurança. E, ainda, uma resistência dos próprios moradores pela relação de anos que eles têm com os porteiros.
A tecnologia, por enquanto, não substitui este contato humano, há indícios de que a inteligência artificial caminhará neste sentido, o que ainda deve levar anos. Uma outra opção que também tem sido utilizada é as portarias híbridas, que combinam o atendimento presencial com a portaria remota ou virtual. Talvez a tecnologia nas portarias seja um caminho sem volta, principalmente nas novas edificações. Nas antigas, uma opção dos condôminos.
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