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O polêmico fechamento da praça do Pôr do Sol

A ideia é que o local tenha regras para abertura e fechamento, como nos parques da cidade

Criado em 1960 pela arquiteta Miranda Martinelli Magnoli, o espaço deu origem à Praça Coronel Custódio Fernandes Pinheiro, popularmente conhecida como Praça do Pôr do Sol. É de lá que se vê um dos pores do sol mais bonitos de São Paulo, em plena zona Oeste da cidade, no bairro Alto de Pinheiros. Desde abril de 2020, o local foi cercado por tapumes para evitar aglomerações. Recentemente, a Prefeitura de São Paulo iniciou as obras para o fechamento do local com grandes, mas ainda não foi regulamentado o usa da praça e horários de abertura.

O pedido de fechamento da praça é um antigo pleito da Associação Amigos do Alto de Pinheiros (SAAP) e da Associação de Moradores de City Boaçava. A alegação é que seus frequentadores incomodam a vizinhança, principalmente à noite e de madrugada, e muitas vezes com música em um volume alto. Porém, essa iniciativa não é unânime.

Apesar de manifestante reivindicarem o seu fechamento alegando que não houve consulta pública para decidir o fechamento do local, mesmo assim, a Prefeitura de São Paulo já iniciou as obras, que custarão R$ 650 mil aos cofres públicos. A instalação das grades tem previsão de 60 dias e ainda não há data de previsão para a reabertura da praça. As associações defendem que ela deve ser aberta ao público, porém, com regras, como o fechamento à noite e reabertura pela manhã, a exemplo dos parques da cidade.

Além de uma das imagens mais fantástica de pores do sol em São Paulo, a praça tem vários atrativos. Constituída por árvores remanescentes de Mata Atlântica, ao longo dos seus 31.000 m², os frequentadores podem desfrutar de espaços abertos para piquenique, pistas para caminhadas, playground e muretas de cimento para apreciarem a paisagem.

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Antonio Penteado Mendonça

Advogado, formado pela Faculdade de Direito Largo São Francisco, com pós-graduação na Alemanha e na Fundação Getulio Vargas (FGV). Provedor da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo (2017/2020), atual Irmão Mesário da Irmandade, ex-presidente e atual 1º secretário da Academia Paulista de Letras, professor da FIA-FEA e do GV-PEC, palestrante, assessor e consultor em seguros.