Aviões
Um grande poeta brasileiro dizia, brincando, que o avião não poderia dar certo. Segundo ele, uma máquina mais pesada que o ar, inventada por um brasileiro, tinha que cair. Mas não caiu.
Ou caiu e cai, mas hoje o avião é um dos meios de transporte mais seguros que existem. É conferir as estatísticas e comparar o número de acidentes com mortes no trânsito com o que acontece nos ares. Não tem comparação, ainda mais num país como o Brasil, onde o trânsito é uma das mais eficientes formas de controle da natalidade. São quase 40 mil mortos e 400 mil inválidos por ano.
Os aviões sempre despertaram sentimentos lúdicos. Vê-los no ar tem o condão de transformar os contos de fada em realidade, viver fortes emoções e tomar um navio de volta para casa.
Isso mesmo! No começo da aviação, um jovem brasileiro estava em Paris e, assistindo a uma demonstração de voo, não hesitou em aceitar o convite feito pelo piloto e subiu no aeroplano para voar com ele. O resultado foi ele ser uma das primeiras pessoas do mundo a dar um looping de loop, o que foi publicado pela imprensa francesa. A notícia cruzou o oceano e chegou no Brasil, de onde seu pai passou um telegrama exigindo que ele voltasse imediatamente.
De Santos Dumont aos dias de hoje, a aviação percorreu um longo caminho. Parte pacífico, parte guerreiro, da mesma forma com que reduziu as distâncias do mundo, foi um avião que lançou as duas bombas atômicas sobre o Japão.
Os aviões modernos são máquinas impressionantes, onde o luxo e a eficiência se unem e fazem a vida mais fácil. Não tem como não gostar de voar, indo até Dubai no segundo andar de uma máquina maravilhosa. Ainda mais se for depois de chegar na Amazônia num C47 prefixo PP-FOI.
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