Amanhã é 2025
Amanhã é 2025. Ano novo, vida nova. Será? Não me parece que as coisas mudem tanto assim de um dia para o outro só porque, de acordo com um código para medir o tempo e a velocidade da Terra, o ano muda. Não é mais 2024, é 2025. É verdade, os rituais fazem parte da vida e sem eles as coisas seriam muito mais difíceis. Temos rituais para tudo e mais alguma coisa, da mudança do ano à descoberta do país, passando pela Independência e uma dúzia de santos que são comemorados com as pessoas ficando em casa porque não trabalhar é muito mais gostoso.
Amanhã é ano novo. Hoje é ano velho. O ano novo poderia ser depois de amanhã, mas não, é amanhã. O gozado é que não seria tão difícil ser depois de amanhã… era só ter escrito esta crônica ontem.
O ritual do ano novo é rico, farto, aceita novidades e mantém tradições, desde a cueca e a calcinha que se usa hoje de noite até as sementes de romã e as flores que se jogam no mar, pulando sete ondas e saindo da água andando de costas para a praia.
A queima de fogos à meia noite é tradição e vale em todos os cantos, na Austrália, Nova Zelandia, China, Japão, Europa, França e Bahia e, de quebra, onde você está, nem que sejam meia dúzia de estrelinhas.
Faz parte e o que faz parte está nas superstições, a favor e contra, todas focadas na sorte maior no ano que vem. No ano que vem vamos emagrecer, jogar pebolim, fazer ginástica, comer menos e mais saudável.
O importante é estar no jogo. Agora não é hora de encontrar um barranco para se encostar. A alegria exige que você fique alegre, ainda que você não encontre um motivo para isso. O simples fato de amanhã ser ano novo exige de você o esforço necessário para rir, abraçar, pular, dançar funk e o mais que se faz na véspera do ano novo. Feliz 2025 e que tudo de bom se realize!
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