Paulo Rebocho
[Crônica de 30 de julho de 2002]
Faz tempo, eu escrevi uma crônica falando sobre o homem que adotava praças. Enquanto tem gente que adota micos leões dourados, golfinhos e até criancinhas, Paulo Rebocho decidiu adotar praças na cidade de São Paulo.
Pode parecer estranho alguém adotar uma praça. Afinal, o que alguém faz com uma praça adotada? A reposta é simples: quem adota uma praça cuida dela.
E Paulo Rebocho faz isso com enorme carinho, dando para cada uma das praças que ele toma conta o que elas podem querer de melhor, começando por visitas diárias de seus funcionários, para varrê-las, catar as folhas e regar as plantas.
Todos os dias dois funcionários percorrem as praças fazendo isto e vendo se está tudo em ordem. Depois, duas vezes por mês, ele tem uma equipe de jardineiros que faz a parte mais pesada, podando, cortando a grama, repondo as plantas mortas etc.
Outro dia conheci este homem fantástico na loja de um meu amigo, o pintor e marchand Dudu Santos, bebendo uma taça de vinho num sábado na hora do almoço. Foi aí que eu fiquei sabendo das coisas que conto acima e que além disto, Paulo Rebocho tem, por conta de uma parceria com a prefeitura de São Paulo, cinco praças adotadas.
A diferença entre as praças adotadas por ele a maioria das praças da cidade é gritante. As praças mantidas por Paulo Rebocho estão sempre limpas, com a grama aparada as plantas enchendo os canteiros e, o que é melhor, com todos os equipamentos em condições de uso.
Quem quiser ver uma delas é só prestar atenção quando vai entrar na avenida Rebouças, vindo da Gabriel Monteiro da Silva. Ou olhar a praça entre a rua Groelândia e rua Argentina, no fundo do clube Harmonia.
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