O ipê da Santa Casa
Todos os anos, nesta época, centenas de pessoas, diariamente, olham uma árvore especial. É o grande ipê amarelo da Santa Casa de São Paulo. Provavelmente centenária, a árvore é uma gigante se sobressaindo no parque na frente da Irmandade.
Só pelo seu tamanho já justificaria chamar a atenção. Não é normal em São Paulo árvores do seu porte. Alto, copado e com tronco grosso, o ipê fica num canto do jardim, na curva que separa a subida para a Provedoria do caminho que leva ao Pronto Socorro Central.
Nesta época do ano, os ipês amarelos entram em cena e explodem suas floradas como que homenageando a história rica e impressionante da pequena vila que em 1870 tinha pouco mais de 20 mil habitantes, mas que, no entanto, ao longo dos primeiros duzentos anos da história nacional, expandiu o território brasileiro, transformando-nos num dos maiores países do mundo.
Diz a lenda que nos anos em que o ipê amarelo da Santa Casa tem uma grande florada a Irmandade terá bom tempo pela frente e que o resultado positivo permitirá atender melhor os mais de dois milhões de cidadãos que anualmente a procuram.
Até o fim de semana de vinte e nove de agosto as pessoas estavam ansiosas. Como seria a florada de 2021?
No dia trinta, a ansiedade explodiu em palmas, sorrisos e festa. A florada cobriu os galhos do ipê de alto a baixo. Na foto que a Dra. Dulce Cardenuto me mandou, a árvore carregada de flores amarelas, em sua beleza, garante que a Santa Casa terá um grande ano pela frente.
Mas é bom lembrar que bom tempo não significa automaticamente sanar os problemas. Bom tempo significa que a Irmandade terá tempo para planejar e se preparar para os desafios. O sucesso é fruto de muito trabalho.
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